quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Conseguiremos obter merda diferente?!...


BALANÇO AO VÍDEO-ÁRBITRO

«Em tempo de paragem do campeonato é importante fazer um balanço sobre a introdução no futebol português de uma ferramenta que auxilia as equipas de arbitragem: o vídeo-árbitro. Uma introdução repentina, atendendo ao clima vivido na altura em torno da arbitragem, sem uma preparação prévia de toda a estrutura da arbitragem e do futebol profissional. Uma ferramenta ‘vendida’ como a solução para todos os erros de arbitragem, alimentou expectativas demasiado elevadas em toda a sociedade desportiva. A realidade é bem diferente, tal como foi demonstrado nestas onze jornadas já decorridas no campeonato. A estrutura ainda está a aprender qual a melhor forma de rentabilizar a tecnologia mas, no entanto, já decidem jogos e resultados com base no VAR. O aumento das críticas é bem visível sendo o vídeo-árbitro o principal alvo. Insistir nos árbitros no activo para desempenhar as funções é colocá-los em mais uma frente de batalha completamente expostos às críticas sem as desculpas de "não vi", "estava mal colocado", etc... Este quadro de árbitros não estava preparado para uma ferramenta que os colocasse numa posição de exposição das suas fragilidades e estão a acusar a pressão. Recorrer a outros agentes era uma decisão que confortava a posição dos árbitros focando-os mais na sua principal função, eliminando mais um foco de instabilidade e críticas. O vídeo-árbitro é falível, é humano, depende de uma interpretação de alguém e, por todos estes motivos, não elimina o erro. A vida é feita de adaptações, mas neste caso não é o vídeo-árbitro que tem de se adaptar ao futebol português. O inverso é que terá de acontecer. Haja coragem...»
(Marco Ferreira, Arbitragem ao Raio X, in Record)

Quem pretender ignorar que aquilo que afirma Marco Ferreira é a mais pura das realidades, só poderá estar de má fé! Ou será que alguém é capaz de julgar que com as mesmas moscas...

Conseguiremos obter merda diferente?!...

Leoninamente,
Até à próxima

1 comentário:

  1. E não é só isto o problema. A verdadeira questão é que o VAR não está a ser usado a 100%. Quanto muito está a 50%, daí o problema. Quando estamos a limitar o VAR a só poder ser usado em determinadas situações muito especificas, tiramos logo grande parte do seu poder.

    Quando o VAR puder ser usado para julgar casos de agressão, simulação, etc..., em qualquer altura do jogo, então sim, irá começar a ser muito melhor.

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