segunda-feira, 9 de outubro de 2017

É um caso perdido o "professor universitário"!...


O PROBLEMA DO FUTEBOL PORTUGUÊS

«Muitos leitores terão visto imagens da lesão do jogador de voleibol do Benfica. Durante o derby, Ary Neto deslocou o ombro, estando a sua carreira em risco. De imediato, a equipa médica do Sporting prestou auxílio e enquanto o brasileiro abandonava o pavilhão, os adeptos do Sporting ovacionaram-no. Sucederam-se trocas de agradecimento nas contas oficiais de twitter dos dois clubes. Um ambiente que contrasta de forma radical com o que se passa no futebol.

Não por acaso, o presidente da Federação tem alertado para a degradação do clima em redor do futebol e para a "apologia do ódio" que se instalou para "esconder insucessos", e que tem nos ataques sistemáticos às arbitragens o seu triste corolário. Faz sentido a preocupação de Fernando Gomes: se este ambiente ainda não contaminou o sucesso das selecções, o risco de tal acontecer é real.

Por que razão este clima de urbanidade que se vislumbrou, por momentos, numa partida de voleibol se encontra tão distante do dia-a-dia do futebol português?

Não sou adepto de um futebol higienizado. Pelo contrário, o sucesso do futebol explica-se por se tratar de um último reduto de irracionalidade, que precisa da dose justa de paixões exacerbadas. Há, contudo, limites e em Portugal estes têm sido ultrapassados demasiadas vezes.

Existem explicações para a degradação do ambiente em torno do futebol e muitas delas estão no espaço mediático.

Com o surgimento dos canais de cabo o ritmo noticioso intensificou-se e o espaço para análise aumentou. Ora não foi preciso muito tempo para os vários canais perceberem que não há minuto de televisão tão barato e que dê tanta audiência como pôr uns quantos adeptos a falar de futebol. Sei do que falo, pois eu próprio participo num desses programas, onde, justiça seja feita, mantemos uma bonomia relativamente incomum.

O problema é que nos programas de futebol fala-se, num tom exaltado e intragável, de tudo menos de futebol: 95% do tempo é consumido em discussões infindáveis em torno de erros das arbitragens – que cresceram exponencialmente com a qualidade das realizações que tornam possíveis repetições de todos os ângulos – e por comentários aos devaneios dos directores de comunicação dos clubes.

A degradação do clima mediático tem na falta de acesso aos protagonistas do jogo outro dos problemas. É difícil encontrar uma entrevista a um treinador ou jogador onde estes falem de futebol. Os clubes não deixam os atletas e responsáveis técnicos falarem ou, quando deixam, estes não têm nada para dizer. Também a discussão sobre futebol tem horror ao vazio e há excesso de tempo de comentário e falta de assunto para comentar.

Claro que nem tudo é explicável pela dinâmica comunicacional. Pode bem dar-se o caso de o essencial da degradação do ambiente resultar da senda vitoriosa de um clube, num contexto de constrangimentos financeiros. Se o Benfica não vencer este ano, vão ver como vai melhorar o ambiente do futebol português.»


O "professor universitário" pensa que "pensando, logo existe", como se nós também não pensássemos que o que ele pensa, sendo a razão "descartesiana" da sua existência, nunca irá além do seu minúsculo, jactante e desprezível umbigo!...

É um caso perdido o "professor universitário"!...

Leoninamente,
Até à próxima

7 comentários:

  1. Caro Alamo,
    Este é daqueles que também acredita que é benéfico para a economia portuguesa o venfique ser campeão! Triste existência encartilhada que finge que ainda não se apercebeu que o Nandinho só se lembrou de bradar aos céus por um futebol mais impoluto a partir do momento que o clube do regime ( não o regime do tempo da outra senhora mas do atual regime lampiãnico mais conhecido por DDT) está na rua da amargura não só no futebol mas nas restantes modalidades em que não consegue resultados! Enquanto ganhavam com truques e manhas que fariam qualquer espião da Guerra Fria corar de vergonha e ao mesmo tempo espalhavam o terror comunicacional em vários espaços ditos como de comentário desportivo mas que só serviam para acicatar os ânimos de quem os via, nenhum mal vinha a este mundo! Só que entretanto apareceu BdC qual Adamastor que veio com a sua linguagem brejeira, dizem eles, denegrir a classe de dirigentes desportivos! Felizmente a máscara do pseudo estadista caiu na última AG do venfique! AG que iniciou uma nova tradição que é o voo da cadeira Vitória!
    Por conseguinte só me vem algo à memória : Graças a Deus não nasci Lampião!
    Saudações Leoninas

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    1. Só espero, caro Pestinha, por uma crónica do "professor universitário" onde lance uma alerta aos 14 milhões que... VEM AÍ O DIABO!...
      SL

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  2. Sobre o problema do futebol português talvez fizesse bem a este "professor universitário" ler este apontamento de referência do caro Javardeiro a quem eu tiro o chapéu.

    http://zero06seis.blogspot.pt/2017/10/a-irresponsabilidade.html

    Podia ser que até aprendesse qualquer coisita, quem sabe, ou que despertasse para a realidade.

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    1. Caro MSantos, a leitura que recomenda ao "professor universitário" era muito capaz de lhe deixar os dentes botos para toda a sua vida! E como é que o pobrezinho iria viver até ao fim dos seus dias?!...

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  3. "Esquece-se" o tal professor, que a "degradação" actual do futebol português, não advém do facto dos lampiões serem vencedores, mas sim "da forma" como o têm sido...

    "Essa" é que é a verdadeira razão "do ódio"...é que os outros "fora" dos 24 milhões, "cansaram" de ver os "responsáveis a assobiar pr'ó lado..."...
    Mas como "fazer entender isto a bestas encartilhadas"...mesmo se professores universitários...?

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  4. Amigo Álamo, "professores universitários" para o lado da 2ª circular há mtos, mas parece-me que, inteligência, educação e bom senso, não fazem parte dos seus currículos, qd decidem enveredar pelo "regime da cartilha", já não estará longe o dia em que lá terão de meter o "rabinho" entre as pernas...

    SL

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  5. Este indivíduo é uma pessoa mal formada que utiliza a paixão clubística para desculpar tudo o que o Benfica tem feito para enlamear o futebol português.
    Provavelmente será suficiente este professor dormir de consciência tranquila. Isso também diz muito do grau de exigência e honestidade que vemos nessa gente que come as cartilhas e se permite a todo o tipo de exercícios para encobrir e branquear crimes como assassinato de pessoas, claques ilegais, tráfico de influências, entre outros.
    Pedro Adão e Silva é para mim a imagem do benfiquista cobarde que há muito vendeu a sua credibilidade e ética.

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